quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Influência de Mãe

Inspirado nos posts da Pat e da Dani e também em acontecimentos do dia-a-dia.

...

Outro dia estava eu a conversar com uma aluna particular de dezesseis anos. Ela é toda exótica. Diferente. Num dia está vestida num estilo gótico. No outro, roqueiro. No outro, patricinha. E todos os alunos a consideram 'estranha'. De fato ela destoa dos demais. Mas desde que comecei a dar aulas para ela descobri um ser humano incompreendido. Uma garota afável e que como qualquer adolescente - ou adulto, por quê não? - está ainda procurando se encontrar, descobrir quem é e o quê quer ser.

Conversávamos acerca de carreiras e a dificuldade da escolha, e por fim chegamos ao tópico da influência dos pais sobre a mesma. Me confessou que procura ser boa aluna para tentar obter a aprovação da mãe e, quase lacrimejando, me disse que vez ou outra é obrigada a trocar de roupa antes de sair de casa sob alegações da mãe de que "as pessoas na rua vão pensar que você é lésbica!".

Não vou comentar o absurdo de uma afirmação dessa, principalmente vindo de uma mãe, porque não é o foco do post. Mas o que mais me tocou - fora o absurdo da afirmação! - foi o fato de esta garota se importar com o que a mãe pensa dela. Sinceramente. Se você olha para ela você vê uma rebelde. É a última das minhas alunas que eu pensei que se importaria com o que a mãe diz!

E aí eu me lembro de uma reportagem no Fantástico uns tempos atrás. Era uma daquelas pesquisas instantâneas por telefone: os telespectadores ligam e votam. A pergunta em pauta era dirigida às adolescentes: "Qual sua maior influência?" (não eram exatamente essas as palavras mas era essa a idéia).

Nas categorias disponíveis figuravam amigas, modelos, cantoras, atrizes, escritoras, comerciais, etc. E sabe quem ficou em primeiro lugar?

Pois é.

Ela. A mãe.

E aí comecei a pensar na minha própria mãe e no quanto ela me influenciou e me influencia. Querendo ou 'sem querer querendo'. Foi bastante iluminador ponderar sobre o assunto.

Não trarei aqui todas as minhas reflexões mas trago algumas pertinentes à maternidade.

Eu sempre, sempre, sempre quis ter parto normal, com o mínimo de intervenções. E aí me dei conta de que isso se deve à influência da minha mãe - fora algumas características da minha personalidade. Ela fez três cesáreas não-eletivas e freqüentemente discorria sobre o quanto o parto normal era melhor, sobre a cicatriz da cesárea, o doloroso pós-parto / pós operatório, etc.

Também minha mãe parou de trabalhar quando minha irmã mais velha nasceu para poder cuidar melhor dela. Só que o que era para ser um breve hiato na sua carreira como arquiteta apaixonada pelo ofício se tornou um abandono perene. Ela jamais retomou a profissão. Nem qualquer outra. Ela simplesmente nunca mais trabalhou na vida. E sempre falou disso com ressentimento - embora tenha sido uma opção dela.

Ela nos dizia que tínhamos que ser mães sim. Mas que tínhamos que contratar uma boa babá para nos ajudar. A babá não deveria tomar nosso lugar como mãe. Tínhamos que ser sim a mãe dos nossos filhos. Mas uma babá para nos ajudar era imprescindível - ela mesma nunca quis contratar uma apesar de ter condições para tanto. Nunca gostou de delegar os cuidados com a gente, em parte por medo de nos deixar nas mãos de estranhos.

Ao mesmo tempo tínhamos que continuar trabalhando. Tínhamos que ter uma profissão brilhante. Ganhar nosso próprio dinheiro para não depender de marido nenhum. Sermos valorizadas e termos sempre um 'assunto diferente' para trazer para casa. Fazermos amizades e mantermos interesses e projetos pessoais. Não nos tornarmos mulheres 'cri-cri' (que só falam de CRIanças e CRIados).

E aqui percebe-se o porquê dessa posição dela. Ela certamente se sentia diminuida por não ter uma renda própria. Por depender financeiramente do meu pai. Por não ter outro assunto para falar com ele senão aqueles que nos tocavam a nós filhas. E ela seguramente sentia que tinha abdicado de sonhos, da sua realização profissional e pessoal para cuidar de nós e da casa. Para 'ajudar' meu pai a ser o profissional que ele se tornou.

E toda essa postura, esses pensamentos, advinhem? Sim, me influenciaram e me influenciam até hoje. Apesar de a minha vida ser diferente da dela. Ela se encontrava em uma situação onde tinha uma condição financeira e sentimental bem diferente da minha. Hoje meus pais são separados. Só que tudo isso não importa. A influência do discurso dela é mais forte.

Eu não tenho condições de parar de trabalhar. Mas, quando leio posts sobre o assunto como este, da Mari, paro e penso: " Se eu pudesse, eu iria querer parar de trabalhar?". Acho que talvez de uma pausa de um ano e meio mais ou menos eu gostaria. Mais do que isso não sei. E fico pensando: "Será que não é influência da minha mãe?"

E essa tem sido uma das perguntas que eu mais tenho me feito ultimamente. Parando e tentando ver até que ponto eu sou apenas uma extensão dela - de suas opiniões, seus preconceitos, seus medos, seus anseios - e até que ponto eu sou eu. Digo isso porque minha mãe foi a figura mais importante na minha vida até o meu marido entrar em cena. Meu pai trabalhava e minha mãe era quem cuidava de nós. Óbvio que todos somos uma mistura de influências - da mãe, do pai, do irmão, do patrão, de gente que a gente admira e de outros que nem tanto. Uma mistura dessas influências com a nossa personalidade, nosso espírito e nossa mente. Mas é inegável o impacto de uma mãe numa filha.

E quando me canso de me questionar sobre o tema me vem outra preocupação na cabeça. Ontem mesmo eu estava dando comida para a Isabel. Ela esticou o bracinho como que tentando meter a mãozinha no prato de bananinha amassada. Mas antes parou. Me fitou. Procurou aprovação. E só então, quando esta foi obtida, ela se permitiu se lambuzar toda de papinha.

Que tipo de influência eu vou passar para ela ao longo de sua vida? É melhor eu me pré-ocupar com esse assunto pois certamente ela não sera delével.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Para as Mães dos Prematuros

Pode ser notícia velha. Se for, perdoem-me.

Por via das dúvidas...

...

Você sabia que os prematuros devem refazer o teste do pezinho após 120 dias de vida, ou seja, aproximadamente quatro meses?

Eles têm que fazer o teste no terceiro dia de vida, como é de praxe, e então tornar a fazê-lo depois do prazo citado acima. Isso porque como nasceram prematuros ainda não têm todo o organismo desenvolvido e o exame pode apresentar resultados distorcidos, como falsos positivos ou falsos negativos.

Aqui em São Paulo sei que para refazê-lo é possível ir à APAE que fica na Rua Loefgren, 2109, na Vila Clementino. Não é necessário agendar a coleta e ela é realizada gratuitamente. Os resultados são enviados para sua casa em cerca de dez dias úteis e devem ser mostrados ao pediatra na consulta seguinte ou, no caso de haver alguma alteração aparente, o mais rápido possível. Mais informações no site da APAE.


Porque não tem coisa mais fofa do que pezinho de bebê!

No caso da Isabel eu me esqueci de refazê-lo. É... pois é... mãe esquecida - para não dizer outra coisa! Aí quando minha sobrinha - que também nasceu prematura e fez quatro meses dia 17 de setembro - foi fazê-lo pela segunda vez, me lembrei! Minha irmã perguntou se a Isabel, com oito meses já completos poderia fazer o teste e a resposta foi: "Pode não! Deve!".

No dia seguinte lá fomos nós...

Foi rápido mas não indolor. Isabel chorou muito. A moça teve que furá-la umas quatro vezes pois não saía sangue o suficiente. Deu muita dó. Mas eu estava lá para ela. E logo logo ela estava toda serelepe. E eu com um peso a menos na minha obesa consciência de mãe.

Fica aí então a dica. Mesmo que seu bebê que nasceu prematuro já tenha passado dos quatro meses é necessário refazer o exame. Para a Isa foi porque o exame de hemoglobinas teve que esperar seu organismo amadurecer - mesmo ela sendo prematura por apenas algumas horas. Não sei se é sempre esse exame que requer uma nova avaliação ou se foi no caso dela isolado. Mas é muito importante refazê-lo, viu! (Diz a mãe relapsa aqui...). Ele detecta doenças sérias que precisam ser tratadas com urgência.

Fica aí então o lembrete! Para que outras mães não se esqueçam como eu me esqueci!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Papo de Criança ... ou... A Lesma do Vizinho!

No começo não percebemos o problema que lentamente se arrasta em nossa direção e se instala em nossas casas. Como uma lesma do jardim do vizinho cuja aproximação notamos mas que, por sabermos que tardará em chegar, ignoramos. (Ou será que só na minha vizinhança as malditas são uma peste!?).

Só que aí quando formos ver, já é tarde demais. Ou pelo menos muito tarde.

Estou falando daquele linguajar que os pais usam com seus filhos quando estes estão balbuciando as primeiras palavras.

O leite é o 'mamá', a comida é a 'papinha', dormir é 'nanar', 'eu' vira 'o papai / a mamãe', doer é 'fazer dodói' e por aí vai.

Usamos essas palavras porque elas são fáceis para a criança assimilar e repetir. Encorajam e estimulam a fala deles. Até aí tudo bem. Mas aí nos esquecemos de, à medida que eles crescem, fazermos nossa própria versão caseira da reforma ortográfica - ou pelo menos, se não ortográfica, uma reforma no linguajar que usamos com nossos filhos.

E nos pegamos diante de um problemão quando vemos cenas como as duas descritas a seguir, ambas presenciadas por mim:

(1) Meu sobrinho de quase três anos, no parquinho, se vira para dois garotos de uns doze anos (ele é bem 'dado' mesmo, rs) e avisa, todo feliz: "A gente (nossa família) vai papá!" (naquele estilo bem paulista de falar, comendo o 'r' dos verbos).

Os garotos se entreolham e tirram sarro: "A gente vai papá! Hahaha!". Acho que foi a primeira vez que vi um dos meus sobrinhos sendo 'bullied'. E não gostei. Nem um pouco. Mas percebi que a culpa é nossa.

(2) Uma aluna de uma colega de trabalho minha, de três anos, falando: "É qui a xente vai papá tchudinho e daí a xente vai fazê naninha!". Explicação: o pai dela fala com ela assim, nesse linguajar, com voz de bebê.

E tem ainda aquele vício de se referir a si mesmo sempre na terceira pessoa. Em vez de dizer: "Eu quero!", dizem "A Milena / Maria / Amanda quer!". Isso provém do hábito dos pais de se referirem a si mesmos na terceira pessoa para que os filhos aprendam a chamá-los de 'papai' ou 'mamãe': "A mamãe te ama, viu!?". E também de postergar a introdução do conceito do 'eu e você' por achar que é muita areia pro caminhãozinho deles.

Pode até ser no começo. Mas uma criança de dois anos já tem que ser exposta a esse tipo de idéia justamente para começar a assimilá-la! Não estamos falando de algebra ou geometria, física quântica. É relativamente simples. Se nunca lhes ensinarmos eles nunca vão aprender. E vão continuar sendo 'bullied'! Como professora de línguas que se interessa muito pelo assunto eu digo: criança aprende muito rápido. Com o tempo eles pegam o jeito.

Mas não será tão fácil se o vício da terceira pessoa, ou do vocabulário pueril, já tiver se instalado. Como uma lesma do vizinho no seu jardim, que já até descobriu uma plantinha para chamar de sua... :-(

terça-feira, 20 de setembro de 2011

As Mentiras que os Pais Contam...

Não me lembro exatamente quando, mas ainda adolescente decidi que não iria contar para meus filhos essas mentirinhas aparentemente inocentes que os pais geralmente lhes contam.

Coisas do tipo "se você não comer tudo vou te colocar lá no quartinho escuro onde moram as baratinhas", ou "o bicho-papão vai te pegar se você não fizer isto, isso e aquilo", e etc.

No meu caso, um dos meus maiores traumas de infância se deve à famigerada história do 'homem do saco preto'. Para quem não conhece, era... bom, um homem, que carregava um saco preto onde colocava as criancinhas que roubava pois haviam se aventurado longe de seus pais em passeios, conversavam com estranhos, etc.

O resultado? Uma garotinha melindrada, medrosa, e que mantinha distância dos garis - afinal, para a minha mente de criança, eram eles os homens do saco preto! Pois é... durante um bom tempo tive medo deles. Medo este que por vezes as pessoas confundiam com preconceito mas minha pureza de criança não permitia esse tipo de sentimento.

Eu entendo a idéia. Assustar a criança para evitar que ela tenha um comportamento que possa lhe ser prejudicial, como por exemplo cair na lábia de um pedófilo ou coisa assim.

Mas por quê não sermos mais francos? Não estou falando de explicar tintim por tintim para nossos filhos sobre o que é a pedofilia, o quê eles fazem e tal. Óbvio  que não. Mas na minha cabeça poderíamos ser mais sinceros: "Olha filha, se você ficar muito longe de mim no supermercado, nós podemos nos perder uma da outra. E daí pode vir uma pessoa malvada e te levar embora. Então fica por perto, ok?".

A criança vai ficar assustada sim. Mas não será um medo fundado em mentiras, em fantasias, em realidades que não são. Ela estará se abrindo para a realidade - dentro do que lhe é possível compreender tendo em vista sua condição de criança.

Por vezes presenciei minhas irmãs contando tais mentirinhas para meus sobrinhos. Relutei em palpitar pois como mãe bem sei como isso é chato. Mas não resisti. Se quero o bem deles tanto quanto quero o bem da Isabel eu tenho que pelo menos expôr minha opinião. Falei. Elas não gostaram muito mas enfim concordaram. E têm procurado evitar esse tipo de atitude.

Nem sempre é fácil. É bem tentador entrar no mundo da fantasia das crianças e usá-lo a nosso favor. Mas, embora eu acredite sim que toda infância necessite de fantasia, criatividade e imaginação, prefiro deixar essa parte por conta dos contos-de-fada e histórias desse gênero. Sei que há quem até disso discorde mas não é meu caso.

Só não me perguntem sobre minha opinião no tocante ao bom velhinho pois ainda não tenho uma postura definida a respeito disso!

P.S. Se alguém estiver estranhando o post às quatro e pouco da manhã, não estranhe! É que ultimamente a Isabel não tem dormido bem. E aí, quando meu sono já se perdeu definitivamente ela finalmente adormece. E então ficamos eu e minha insônia. Até fiz umas perguntas ao pediatra do blog da Paloma a respeito disso. Vamos ver o que ele diz.


domingo, 18 de setembro de 2011

Tudo Sobre a AMAMENTAÇÃO num só Post!

Como as coisas são engraçadas, não? Eu aqui, enrolado, protelando, procrastinando, postergando - gostaram? rs - para escrever meus posts sobre amamentação porque quero que eles saiam perfeitos, com todas as informações e detalhes que eu julgo relevante - e isso toma tempo! - e me pego escrevendo um resumão de tudo em resposta a uma desesperada mãe de um recém-nascido neste blog: http://somos3agora.blogspot.com/2011/09/amamentacao-parte-2.html

Resolvi então postar a resposta! O que não significa que deixarei de postar meus detalhados posts mais tarde...

Beijos!

...........................................................................................
Vamos lá.

Também passei por isso.

A Isa mamava uns 5 minutos daí dormia. E mamava de uma em uma hora de dia e de duas em duas horas de noite. Eu tinha que ficar acordando-a DURANTE a mamada para ela mamar. Era muito chato, especialmente quando eu também estava com sono. Mexia nos pezinhos, nos queixo, tirava um pouquinho da roupa dela... enfim.

Quanto ao peito eu o preparei bem durante a gestação esfregando bucha vegetal. Escrevi um post sobre isso no blog se você quiser saber mais, mas agora que ele já nasceu acho que isso só iria te machucar ainda mais.

Você tem que ver se a pega está correta - o bebê abocanhar não só o bico mas o máximo da auréola que ele conseguir. O queixo e o nariz dele devem encostar no teu seio e os lábios devem estar de preferência virados para fora. Você vai ter que ajeitar bem seu peito quando for introduzi-lo na boca de seu filho.

Pergunte ao seu obsetra se ele recomenda alguma pomada que não seja necessário lavar o peito para tirá-la antes de dar de mamar. São os dois peitos que dóem? Se for só um dê o outro e tira você mesma o leite do que dói. Se o leite estiver empedrando em alguma parte ou se você tiver um ducto entupido, vai doer mesmo! Para desempedrar tem que fazer massagem na parte empedrada e tirar o leite. A massagem 'dissolve' os nódulos de leite. Se você tiver uma bolinha branca no bico é ducto entupido. Experimente esfregar uma toalha ou furar levemente com uma agulha esterlizada para liberar o ducto (o que 'entope' é pele então você tem que tirá-la).

Quanto à produção de leite, se estiver sendo pouca - você não disse mas já vou me adiantando - experimenta usar uma bombinha tira-leite assim: depois que ele mamou, você coloca a bombinha 15 minutos em cada seio, depois de cada mamada. Mesmo que não saia leite. O corpo vai entender essa sucção como sendo o bebê querendo mais leite e com o tempo - em até 10 dias, mas costuma ser antes - você vai notar um aumento na produção. Se não tiver condições de comprar uma bombinha pois são caras, tente convencer outra mulher / mãe que você conheça que possa se interessar em comprar com você. Vocês dividem o preço e a bombinha. Não tem problema dividir com outra pessoa, é só esterilizá-la antes e depois de cada uso, conforme as instruções do fabricante. Ou então você pode alugar uma. No site do Cantinho da Mamãe eu sei que eles alugam. Ou você pode comprar um tira-leite manual, tem vários tipos disponíveis e não são caros. Ou tirar na mão mesmo. Vai no site da rede de bancos de leite nacional, acho que é www.rblh... (alguma coisa, rs) que eles explicam como fazer a ordenha manual.

Quanto aos intervalos entre as mamadas serem curtos, no começo é assim mesmo. A idéia de que bebê mama de 3 em 3 horas já foi por água abaixo. O melhor é a livre demanda - quando o bebê quiser ele mama. Com o tempo - uns 3, 4 meses, você deve notar que os intervalos aumentam bastante até chegar a umas 4 horas.

Outra coisa, o bebê nem sempre chora por fome. A Isabel SEMPRE pára de chorar quando a coloco no peito - ela está com 8 meses - mas isso não é que ela estava com fome. É que o peito dá conforto e aconchego, o que alivia qualquer dor ou desconforto.

Eu dei chupeta pra a Isa quando ela tinha um mês porque a necessidade deles de sucção é muito grande, mesmo quando já estão saciados, e eu estava cansada de ficar sempre com ela no peito.

Conseguimos a amamentação exclusiva até os seis meses e graças a Deus a Isabel ainda mama no peito. Mas quando minha licença terminou, quando ela tinha quatro meses e meio, foi para a escolinha. Lá ela toma meu leite congelado mas na mamadeira. A mamadeira pode ser uma opção enquanto seus seios se recuperam. Você tira seu leite e oferece na mamadeira. A da Dr.Brown é uma das melhores pois o bebê precisa fazer bastatne força para sugá-la o que dificulta que ele acabe preferindo a mamadeira ao peito. E aí, quando seus seios estiverem melhroes você tira a mamadeira de cena.

Eu sempre fiz muito carinho na Isa, dei muito amor enquanto ela mamava, para que ela não largasse o peito em preferência à mamadeira. Porque para eles mamar no peito é mais do que só se alimentar. É também fonte de amor e carinho.

Bom, eu sei como tudo isso é difícil. No meu caso aliado a tudo isso teve o fato de a Isa ser prematura e abaixo do peso e não ganhar peso e o pediatra ficar 'ameaçando' entrar com complemento. Mas deu tudo certo.

Persevere, se informe e tente tudo que for possível que você conseguirá. Qualquer pergunta estou lá no blog.

Beijos e boa sorte!

Silvia

Ah, e passar o próprio leite no bico do seio, antes e depois da mamada ajuda a cicatrizá-lo. Ele tem alto poder cicatrizante.

Depois da mamada você passa, espera secar, e só então veste o sutiã.

Tou lendo os comentários aqui e lembrei destas coisas:

Para a Isa acordar eu também trocava a fralda dela no meio da mamada.

Usei também essas conchas no peito que coletam o excesso de leite e evitam atrito no bico, o que ajuda a cicatrizá-lo.

Procurei um banco de leite num hostpial público e fui muito bem atendida.

Experimentei posições novas para amamentar.

Eu cronometrava as mamadas - eu só tirava a Isabel do peito depois que ela tivesse passado 15 minutos efetivamente mamando de fato, para ela ganhar peso. Isso significava às vezes uma hora sentada lá, deixando ela descansar um pouco pois eles também se cansam muito no começo porque é um baita esforço então por isso às vezes mamam pouco e daí logo em seguida querer mamar mais.

A história do mamão nunca tentei mas dizem que o mamão tem mesmo um alto poder cicatrizante na pele - só que seu leite também tem.

Isso do leite ter duas fases é verdade. Quando o leite começa a sair ele é mais ralo, mais transparente, mais aguado e menos calórico. É o tal leite anterior. O leite posterior, que começa a sair depois, é mais branquinho, mais gorduroso. Ele deixa o bebê mais satisfeito e ajuda a ganhar peso. Você pode mesmo tentar a técnica posterior - tirar um pouco do seu leite antes de oferecer a mama, para que seu filho chegue antes ao leite posterior e se satisfaça melhor.

Eu também só oferecia um peito por mamada. Assim a Isa esvaziava melhor aquele peito. Ela não mamava tudo e eu doava o que sobrava mas ela mamava mais do leite posterior e esvaziar o peito é importante para manter a produção boa. Na maternidade tentei os '15 minutos em cada peito' e não deu certo. Na única vez em que a Isa mamou 15 minutos num peito, quando fui trocar de peito ela não quis o outro e eu me arrependi de ter tirado ela do primeiro.

Ah, desculpa, só agora li seu primeiro post dizendo que você tem bastante leite.

É, tirar o excesso ajuda a amolecer o seio o que facilita muito a vida do bebê.

O choro pode ser de cólica / gases, ou refluxo - especialmente se ele mamar demais... qualquer outra coisa, mas daí já é outro assunto, rs. Pode dar remédio para cólica / gases, fazer massagem - existem mil técnicas, dar banho quentinho, colocar bolsa de água quente, funchicória (eu só dei uma vez porque daí me toquei que ela iria encher a barriga de funchicória e não querer leite e eu não queria isso), remédio para refluxo, deixar de bruços nos seus braços, coloca rpara arrotar.

Enfim... eu tentei tudo isso e o que posso dizer é que tudo ajuda, mas nada resolve! O melhor remédio é muita paciência e amor! Vai passar. E permita-se se senitr cansada às vezes, querer jogar tudo para o alto, querer 'desligar' o bebê... toda mulher sente isso, mas poucas comentam!

O que posso te dizer é que é assim mesmo. MUITO DIFÍCIL. Mas no começo! Com um, dois meses já melhora muito. E com uns quatro já é outra coisa. A gente fica exausta. Não tem energia para nada. A casa fica de pernas para o ar, nós também, marido fica no friogífico - não é nem na geladeira, rs - mas é assim. Só que passa! E vai passar. Aí você vai olhar e vai achar que até que passou rápoido, rs!

P.S. Tou te zuando de boa porque sei que na hora parece que dura uma eternidade!

E aí um dia, quando seu bebê tiver oito meses, você vai se levantar do PC, olhar seu bebê dormindo no berço e pensar: "Putz... não é que valeu a pena!?".

:-)
................................................................................................................................................

Acho que aí tem quase tudo que eu queria falar para vocês!

Ah não, tem mais umas otras cositas más. Que falarei nos meus amados posts sobre amamentação, bem detalhados, com fotos e desenhos, e links e tal! hehe. Beijos!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sobre as Licenças e os Direitos da Mãe-Trabalhadora

Falei no post anterior sobre a licença-amamentação e hoje me lembrei de outra coisa, que também é fato desconhecido para muitas mulheres:

A mulher que for registrada tem, até seu bebê completar seis meses, direito a (que eu saiba) dois períodos de meia hora para amamentá-lo durante cada jornada / dia de trabalho, além do horário de almoço normal, sem que nada seja descontado do seu holerite. Ou seja, se seu empregador estiver te 'permitindo' sair para amamentar seu bebê rapidinho, umas duas vezes por dia, não pense que ele está sendo bonzinho e que você lhe deve algo! Ele está apenas cumprindo sua obrigação - o que não é nada demais mas nos dias de hoje já é algo raro!

Eu só não estou certa de uma  coisa e se alguém souber gostaria muito que me esclarecesse. Vou procurar me informar e quando tiver a resposta atualizo o post mas por enquanto fica a dúvida:

Não sei se a mãe que, por questões de logística, não tem como usar esses períodos para amamentar o bebê de fato, pode usá-los para extrair / ordenhar seu leite. Eu acredito que sim, afinal, a finalidade é, além de aliviar as mamas, manter a produção de leite e ter leite armazenado para o bebê mamar enquanto a mãe está trabalhando. Assim, o objetivo final, tanto ao amamentar o bebê de fato quanto ao extrair o leite é o mesmo - manter a amamentação. Se a empresa não estiver permitindo à mãe usar os períodos para extrair o leite, é bom ir procurar um aconselhamento legal pois estou quase certa de que ela tem sim que permitir.
Minha irmã optou por só tirar um período de meia hora para extrair seu leite - fora o horário de almoço - e usou seu outro período de meia-hora para sair mais cedo do trabalho e ir buscar seu filho mais cedo na escolinha, sem penar no trânsito. Sim, a empresa é obrigada a permitir, afinal, quem escolhe quando vai tirar os períodos de meia-hora é a mãe!

Dei uma pesquisada - rápida, pois estou indo dormir, hehe - e encontrei isto, no site do Ministério do Trabalho, mas que acaba não esclarecendo muito minha dúvida. Vejam bem que eles mencionam apenas "descansos especiais", não especificam quantos. Que eu saiba são só dois mas, de novo, vale a pena investigar. Eu não sei direito porque sou horista - ganho por hora - então meu esquema é um pouco diferente.



Ao retornar ao trabalho, após a licença-maternidade, que direito assiste à mulher?

Até o filho completar 6 meses de idade, assiste à mulher, durante a jornada de trabalho, o direito a descanso especiais, de meia hora cada, destinados à amamentação do filho.
Pela minha lógica, eles pensam assim: A mulher dá de mamar às 6:00 e vai trabalhar. Daí às 9:00 - três horas depois, para vocês verem como essa idéia (falsa) de que bebê tem que mamar de três em três horas está bem enrustida - ela tira uma meia hora para amamentá-lo. Lá pelo meio-dia ela almoça - hípermegasúper rápido - e aproveita a hora de almoço para amamentar seu filho de novo. Três horas mais tarde, lá pelas 15:00 ela tira mais um período de meia hora para dar de mamar e finalmente umas 18:00 ela está em casa, linda e formosa, amamentando sua cria.

Tem lógica, não tem?

Mas quantas mães não têm que sair para trabalhar antes das 6:00? Eu me incluo nessa categoria. Nos dias em que tenho que ir trabalhar eu deixo a Isabel na escolinha às 6:00! Sem falar nas que ainda não chegaram em casa às 18:00. Às segundas e quartas eu chego a essa hora e nos demais dias tenho a tarde livre, mas tem muita mãe que só vai conseguir estar em casa lá pelas 19:00, 20:00... TO-DOS OS DIAS! Outras mães saem ainda mais cedo e chegam ainda mais tarde pois tem dois, três empregos. A maioria das pessoas não trabalha num escritório das 08:00 às 17:00! Sem falar nas horas gastas no trânsito, no 'almoço' inexistente - afinal, a hora do almoço é a hora de comer algo bem rápido e resolver os pepinos da vida: ir ao banco, comprar algo e etc. e tal. É muito complicado para a maioria das mães trabalhadoras conciliar tudo. E o governo não ajuda nem um pouco.

Da minha parte posso dizer que não só isso mas é muito difícil manter a produção de leite quando se está trabalhando. E não é só porque a criança já completou seis meses que a mãe deve ter seu direito aos tais períodos de meia-hora abortados! Afinal, não é o próprio governo que recomenda a amamentação "até os dois anos ou mais"!?
Outra coisa é que como eu disse, existe a licença-amamentação que possibilita à mãe que amamenta ter quatro meses e meio de licença no total. A lógica dos governantes - óbvio que é especulação minha mas acompanhem como tem sentido - é de que somado a isso a mulher pode tirar o um mês de férias a que ela tem direito e estender a licença até os cinco meses e meio. Assim, ela voltaria ao trabalho 'apenas' duas semanas antes de o bebê completar os seis meses, o que, imagino eu, eles julgam 'bom o suficiente'.
Só que de novo, além de deshumano, isso é generalizar e simplificar algo que não pode e nem deve ser generalizado e simplificado assim. Eu por exemplo, por trabalhar em escola, não pude tirar minhas férias ao final dos quatro meses e meio. Tive que tirar minhas férias junto com as férias dos alunos. O que significou que voltei ao trabalho quando Isabel tinha quatro meses e meio, trabalhei um mês - até ela ter cinco meses e meio - e só então tirei duas semanas de férias.

Aí eu me pego pensando: "Temos que mudar isso, melhorar os direitos da mãe-trabalhadora!" Mas conhecendo nossa cultura, ao mesmo tempo em que fizermos isso estaremos aumentando o preconceito e descriminação em relação à mulher no mercado de trabalho. Os empregadores passarão a não querer contratar mulheres porque saberão que se elas engravidarem eles vão ter que arcar com muitas 'despesas' extras.

Mas alto lá! Em outros países a mãe-trabalhadora tem muitos mais direitos e a coisa parece funcionar. Temos então que procurar mudar a nossa cultura. Que não valoriza a maternidade, a primeira infância, o amor.

Para que poder praticar a amamentação exclusiva até os seis meses, poder amamentar os filhos por quanto tempo quiser, poder dedicar tempo, amor e carinho aos filhos, não seja apenas um direito das mães que não precisam trabalhar ou daquelas que, como eu, podem se dar ao luxo de diminuir sua carga horária e flexibilizá-la.

E como vocês sabem, o futuro começa com os nossos filhos. Que começam com a gente.


P.S. Tenho um rascunho de post sobre a amamentação e a volta ao trabalho, com dicas para as mães que trabalham e querem manter a produção de leite para amamentar seus filhos. Mas antes de postá-lo preciso terminar os outros posts sobre a ordenha do leite. Já são minha prioridade em relação à minha 'to-post list', rs!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Licença-Amamentação

A cada dia que passa eu fico mais e mais surpresa com o número de mulheres que desconhece a existência da licença-amamentação. Resolvi dedicar um post ao assunto então.

Uma licença-maternidade 'padrão' dura 120 dias, ou seja, quatro meses. Mas recentemente foi aprovada uma lei que permite a funcionárias públicas uma licença-maternidade de 180 dias, ou seis meses. Mulheres que trabalham em empresas denominadas 'Empresa Cidadã' também têm direito a esse período extra antes da volta ao trabalho.

O que faz uma empresa ser uma 'empresa cidadã'?

Elas optam por prolongar a licença-maternidade de suas funcionárias em troca de benefícios fiscais.

Como sei se trabalho em uma 'empresa cidadã'?

Basta perguntar ao seu superior.

Para as outras mulheres, registradas em empresas que só permitem uma licença-maternidade de 120 dias, ou quatro meses, há a possibilidade de requerer uma licença-amamentação.

No quê consiste uma licença-amamentação?

É uma licença que dura quinze dias. Só pode requerer uma licença-amamentação aquela mãe que está amamentando seu bebê, contanto que ele ainda não tenha completado seis meses. Portanto, quem já tem licença-maternidade de seis meses não tem direito a ela.

Basta pedir para o pediatra do bebê fazer um pedido e encaminhar esse pedido ao RH do seu local de trabalho.

Sendo assim, a mãe pode ter no total quatro meses e meio de licença, retornando ao trabalho ao término desse período.

É, eu sei. É pouco. Mas é melhor do que nada. Ridículo as campanhas do Ministério da Saúde incentivando a amamentação exclusiva até os seis meses sem que a licença-maternidade seja obrigatoriamente de 180 dias.

Mas isso está em discussão e tenho certeza que logo logo a licença-maternidade padrão será de seis meses.

Falando nisso, já estão aprovando uma lei que beneficiará aquelas mães cujos bebês permanecem internados na UTI Neo-Natal por um período maior que o da licença-maternidade. A nova lei pretende permitir a essas mães só retornar ao trabalho quando o bebê receber alta, assim elas podem acompanhá-los durante toda a internação.

De novo, é melhor do que nada, mas ainda falta muito para chegarmos a uma situação ideal.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Últimos Acontecimentos

Eu reclamava que a Isabel não rolava de jeito nenhum. Passava o tempo todo deitada de barriga para cima, o que eu achava péssimo pois agravaria o probleminha na cabeça dela - depois conto disso. Também queria muito que ela virasse e explorasse mais o ambiente porque depois de um tempo de barriga para cima ela se entediava e começava a chorar de maneira que eu não podia fazer nada por mais de dois minutos.

E então ela resolveu rolar. Tardou mas rolou!

E agora ninguém segura. Está um sufoco trocar sua fralda. Quem tem menina sabe do que eu estou falando. É difícil fazê-las abrirem as perninhas para podermos limpar bem a xoxota - palavra feia, né!? - e pior ainda é quando elas além de não quererem abrir as perninhas querem ficar virando para cá e para lá.

Isabel está tão espoleta que vira-e-mexe me dá um chute na barriga. Nossa, como dói! Dói muito mais do que os chutinhos na costela da época da gravidez!

Ela também já está oficialmente sentando. No carrinho ela faz força para sentar e não quer saber de se deitar. No tatame se colocada sentadinha ela fica lá brincando. Se vê que vai tombar para trás ou para os lados logo se recompõe. Só agora eu acredito no tal 'salto de desenvolvimento'. De repente ela começa a fazer mil coisas que não fazia!

Antes, quando forçava o choro, aproveitava para emendar uns sonzinhos no meio - era minha pista para saber que o choro era forçado. Hoje, quando chora por manha ela emenda uns 'bá,bá,bá' ou 'dá,dá,dá' entre um 'buáaaa' e outro. Coisa mais linda. Fico rindo da sapeca!

Posso falar? Estamos na melhor fase! Dos seis meses ao um ano e meio acho que é a fase mais legal das crianças.

E como a Natália do excelente Leite e Prosa disse, "o problema não é que passa rápido. O problema é que passa".

Alguém mais já está pensando no segundo filho? Rs...


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Quanto Vale o Seu Leite?

Esta eu li faz tempo mas nunca é tarde para recordar.

Uma sorveteria gourmet de Londres, a 'Icecreamists' lançou um sorvete chamado 'Baby Gaga'. É feito com vanilla, zest de limão e... leite materno!

É... pois é...

A loja, situada na badalada região de Covent Garden, paga para doadoras fornecerem seu leite materno e fabrica o gelado que é servido com nitrogênio líquido em taças de coquetel por nada menos que £ 14,00 - algo como R$ 36,00!

Eles pagam cerca de R$ 40,00 para cada 296ml 'doados'. Aproximadamente 887ml são necessários para fazer cinqüenta 'Baby Gagas'.

O leite deve ser extraído com bombinhas tira-leite esterilizadas e as mulheres passam por exames médicos antes de fornecerem seu leite.

O novo produto foi um sucesso e até se esgotou.

Unusual: A Baby Gaga waitress serves the breast milk cocktail in the Icecreamists shop, Covent Garden



Da última vez que li algo a respeito, a venda do Baby Gaga havia sido proibida porque era ilegal comercializar produtos feitos com 'fluídos corporais humanos'. Fala sério, você iria querer tomar? Eu já tomei do meu próprio leite mas sempre para evitar desperdicá-lo quando eu não tinha um local adequado para guardá-lo - quando estava na rua por exemplo. E mesmo assim não me sentia muito à vontade. Longe de mim tomar sorvete feito com o leite de outra mulher!

A cantora Lady Gaga estaria também processando a marca pelo uso do nome cuja semelhança é óbvia.

Mas o que mais me deixa incrédula é que mulheres como esta cidadã estejam vendendo - é, porque a última coisa que são é 'doadoras' - este bem que Deus lhes dá para alimentarem seus filhos com nutrientes e amor:



Tem tanto bebê entre a vida e a morte que poderia se beneficiar desse leite... E ele está sendo usado para satisfazer os caprichos dessas pessoas que têm uma vida tão inútil que estão sempre em busca de algo excêntrico para se distrairem e não se darem conta do quão ridículos são...

Eu e minha irmã, como doadoras de leite, ficamos passadas. "É um desaforo", foram suas palavras. Nos dedicamos tanto a ordenhar nosso leite, tanto para termos uma boa produção para nossas filhas quanto para podermos ajudar esses bebês e suas mães, que ver algo como esse sorvete é um tapa na cara. Quanto desdém...