segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Atualizando

Faz tempo que não falo da Isabel aqui então hoje resolvi contar das mil e uma coisas que tem acontecido:

14/10 - Dia do seu nono mesversário: saiu o primeiro dentinho! No maxilar inferior, o incisivo, do lado direito.
22/10 - Segundo dentinho! O outro incisivo. Neste dia ela também aprendeu a bater palminhas!
3/11 - Ficou de quatro pela primeira vez!
23/11 - Consegue passar de deitada para sentada sozinha e tenta engatinhar - sem muito sucesso ainda. Continua só se arrastando para lá e para cá.
28/11 - Fica ajoelhada um bom tempo pela primeira vez.
30/11 - Se apóia nos móveis e pela primeira vez fica de pé sozinha. Antes no banho ela já tentava mas se apoiava em mim e na banheirinha.
02 e 03/12 - Engatinhou pelas primeiras vezes mas foi muito rapidinho, uns dois passinhos só. Fica fazendo dooooce...
07/12 - Oficialmente engatinha. Fica de pé no berço. Isso me causa muita dor-de-cabeça. Acorda no meio da noite, levanta e fica olhando para mim, mexendo em mim. Levo um susto! Tenho que abaixar o berço para que ela durma no cercadinho e não pule para fora do berço!
16/12 - Dá tchau para alguém (uma vendedora que ela nunca tinha visto) pela primeira vez.

Fora tudo isso, no dia 09/12 fizemos a segunda tentativa de furar a orelhinha dela. A primeira, não deu certo. Graças a Deus agora deu e a Isabel já está desfilando com um lindo diamantezinho ching-ling em cada lóbulo (acabei escolhendo o diamante porque não tinham pérola).

A papinha dela agora não é mais espremida no espremedor de alho - é amassada com garfo. Os pedaços são grandes até, para que ela aprenda a mastigar. Coisa que aliás ela já faz. Muito bonitinho. Eu a ensinei - ficava pondo a papinha dela na boca e mastigando de boca aberta (!) e depois engolindo, para que ela entendesse a mecânica da coisa. Ela achava a maior graça. Ria que era uma beleza. Agora já tem três dentinhos em baixo e quatro em cima (!). Já escovamos seus dentes todas as noites antes de dormir com escova de dente, pasta Cocoricó e tudo. Muito chique, rs!

Tenho variado bastante seu cardápio para que ela possa ingerir nutrientes variados e seja como a mãe que come de tuuuudo. De tudo mesmo. Só não gosto de quiabo (aquela baba!) e jiló. Uma vez fui a Hong Kong e à Cingapura a convite de uns amigos da faculdade que eram de lá. Eu e meu amigo inglês (filho de indianos) passamos duas semanas só comendo comida típica. Provei de tudo. Primeiro eu comia e depois perguntava, rs. Tinha ovo enterrado, um cubóide vermelho que parecia gelatinha mas que depois eu vim a descobrir que era sangue de porco coagulado (hahaha) e mais um monte de coisa. Comi umas esferas que depois disseram que eram "bolas de polvo". Quase surtei. Mas sosseguei quando descobri que eram "bolas DE CARNE de polvo". Tipo uma almôndega de polvo, entende?

Óbvio que a Isa não comeu nada disso mas já provou cereja, coco, maracujá, kiwi, melão, melancia, manga, ameixa, pêssego, nectarina e mais uma pá de fruta. Ela adora. Mas não está crescendo! Não sei o que faço. Ela come de tudo, come bastante, tem ótimo apetite. Mas não cresce! Está com 7,900kg e 68cm. Médico disse que é normal. Basta acompanhar. Marido também. Eu estou com um pé atrás. Vamos ver.

E fora tudo isso tem o capacete! Mas isso fica para outro post! Beijos..!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Inocência ou Negligência?

A Rafaella escreveu um post em que falava sobre a 'inocência' de alguns pais que deixam os filhos com estranhos no supermercado, em shows do Patati-Patatá e afins, enquanto vão ao banheiro ou o que quer que seja.

Li seu post e tive que comentar: "Rafaella, isso não é inocência! Nos dias de hoje é negligência pura!".

A Rafaella conta que estava num show com seu filho quando uma desconhecida se aproximou e pediu a ela que tomasse conta de sua filha enquanto ela ia 'rapidinho' fazer alguma outra coisa lá. No final a dona ficou ausente cerca de vinte minutos.

Na verdade o incrível aqui não é apenas que foram longos vinte minutos e sim que essa mulher: (1) colocou sua filha sob a tutela de alguém que ela nem conhecia e que poderia muito bem sequestrá-la, estuprá-la, roubá-la para tráfico de órgãos, de crianças; e (2) nem se preocupou com os sentimentos da própria filha. Afinal, o quê se passa na cabeça de uma criança que é abandonada pelo responsável junto a um completo desconhecido? Eu me lembro até hoje da aflição que eu senti nas poucas vezes em que, por culpa minha, me perdi dos meus pais no Carrefour. É amedontrador! Eu me lembro nitidamento justamente por ter sido uma sensação tão intensa e negativa!

Pensando nisso me lembrei de um episódio.

Certo dia levei Isabel à APAE para refazer o teste do pezinho, como relatei aqui. Quando o bebê que estava à nossa frente na fila foi chamado, sua mãe o entregou à enfermeira dizendo, com uma cara aflita: "Ai, eu não vou [entrar na sala onde o teste seria feito] tá? Eu tenho aflição e dó de vê-lo sendo picado e chorando."

A enfermeira então levou o bebê, que tinha sete meses, e a mãe ficou aguardando na sala de espera. Não me contive. Cheguei perto da mulher e desatei a falar:

"Olha, desculpa eu me intrometer assim mas eu preciso te falar uma coisa. Eu sei que nós ficamos aflitas ao ver nossos bebês chorarem, sofrerem e sentirem dor. Mas a gente tem que ser forte e agüentar. Por dois motivos.

Primeiro porque a gente nunca sabe o que vai acontecer com eles lá dentro. Não estou falando que a APAE não seja idônea ou algo assim mas a gente vê tanta coisa na TV... enfermeira que dá o medicamento errado, que deixa o bebê cair da maca e quebrar a perna, médicos queimando membros dos bebês e em seguida tendo que amputá-los... A gente tem que ficar em cima, para ver bem o que estão fazendo. Tanto para prevenir que algo de ruim aconteça quanto para poder nos defender caso algo infelizmente ocorra.

Vou te dar um exemplo. Quando a Isabel tinha um mês e meio ela foi interada por causa de uma bronqueolite. Uma hora a enfermeira entrou no quarto e disse que ia dar o remédio da Isabel. Eu perguntei quantas gotas ela daria. Ela disse que seriam quinze. Questionei se não era uma dose muito alta para um bebê tão pequeno, já que geralmente a dose é de uma gota por quilo. Ela foi checar com a médica e então voltou se desculpando e dizendo que de fato eram só quatro! Imagina se eu não tivesse ficado em cima!?

Depois porque, para nossos bebês, nós somos seu porto-seguro! Ele vai ser levado por um estranho, para um lugar desconhecido, vai sentir dor, e não vai ter seu rosto familiar para tranqüilizá-lo!"

Nem preciso dizer que a tal mãe foi correndo lá na salinha onde seu filho ia fazer o teste, né!?

Mas é assim... não fiquei com dó dela apesar de saber que ela não tinha feito aquilo por mal. Porque depois que a gente vira mãe - e até antes disso, na verdade - a gente tem que começar a pensar um pouco mais nas coisas. A linha entre inocência e negligência nesses casos é muito tênue. Para não dizer inexistente.