terça-feira, 5 de julho de 2011

Volte Mais Tarde Por Favor

Você tenta uma técnica qualquer para seu bebê parar de chorar e ela não funciona. Logo, você a descarta.

Daí um dia, enquanto você se desdobra em tentativas frustradas para tentar acalmar seu rebento, alguém palpita: "Por quê você não tenta ... (aquela mesma técnica que você havia tentado sem sucesso)?"

Irritada você responde um "já tentei" e passa a ignorar a pessoa, concentrando-se apenas no bebê e tentando imaginar o quê mais está ao seu alcance.

Mas aí, cansada, quando essa mesma alma caridosa se oferece para te ajudar, você aceita a ajuda. E eis que desta vez é o ajudante que te ignora e aplica aquela mesma técnica sobre a qual vocês já haviam conversado.

Só que desta vez - tchanã! - ela funciona!

E aí você fica com cara de besta, se sentindo uma má mãe, no mínimo, e traída pelo seu bebê, na pior das hipóteses. E a pessoa em questão fica se achando...

Taí uma das principais coisas que eu aprendi na maternidade.

Se você tentar alguma técnica com seu filho e essa técnica não der certo, isso não significa que você deva necessariamente descartá-la para sempre. Se você esperar mais um tempo e então voltar a tentar, pode ser que ela finalmente funcione.

As crianças crescem e se desenvolvem muito rapidamente nos primeiros anos de vida. Quem dirá nos primeiros meses. E as coisas mudam muito rápido.

É muito freqüente a gente tentar uma técnica para eles adormecerem, ou para as cólicas pararem, ou para eles pegarem a mamadeira, andarem de carro sem chorar, pegarem a chupeta, dormirem no berço, comerem a papinha, etc., e essa técnica não funcionar. E daí a gente presume que ela não dá certo e a descarta definitivamente.

Mas eu tenho aprendido que esse é um erro comum.

Muitas vezes vale a pena tentar de novo mais para frente.

O mesmo vale para técnicas que sempre funcionaram. De repente um dia elas perdem o efeito mágico e nos vemos tendo que usar a criatividade - e os conselhos dos outros - para tentar obter os resultados que outrora foram tão fáceis de se obter.

E assim é a maternidade - ou paternidade, 'vódade', tanto faz! Nossos filhos são mutantes e exigem de nós criatividade, versatilidade e uma boa dose de jogo-de-cintura e paciência. Mas aí é que tá: aprendemos e nos desenvolvemos junto com eles. 

Um comentário:

  1. Oh amiga, ensina aí uma técnica pr criança andar no carro sem chorar. Pro Lorenzo só serve tirá-lo do bebê conforto!

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