segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Vida

Inspirado no post da Dani.

...

Volte e meia me pego pensando que se eu morresse hoje a Isabel cresceria e se esqueceria de mim. Eu seria uma estranha, uma desconhecida. Ela só conheceria meu rosto, minha voz, meu jeito de ser, por meio de fotos e filmes. Provavelmente ouviria histórias a meu respeito e seguramente a família lhe contaria o quanto eu babava por ela.

Mas será que eles conseguiriam lhe explicar a dimensão do meu sentimento por ela?

Eu pondero um pouco, aperto os lábios e balanço a cabeça.

Não. Jamais.

Porque amor não se explica, não se descreve. Amor se sente, se vive.

E então o que me conforta é a certeza de que o carinho e a atenção que eu lhe dedico todos os dias, ainda que fossem esquecidos pelo seu corpo físico, certamente ficam cravados em seu espírito e em sua alma – esta sim eterna.

E quando sou tomada por esse estado de absurda lucidez mental me vêm à mente duas frases. São frases que quando eu ouvi pela primeira vez não me disseram nada. Mas que hoje, após ter passado por certas experiências, parecem olhar diretamente nos meus olhos.

A primeira, de Robert Frost:

“Em três (no original) palavras eu posso resumir tudo o que eu aprendi sobre a vida: ela continua”.


A segunda, do meu astrólogo favorito, o argentino radicado no Brasil, Oscar Quiroga:

“Não somos nós quem vivemos a Vida. A Vida é que vive através de nós”.


Certamente, um dia qualquer, você - como eu - se lembrará dessas frases e finalmente as compreenderá de verdade. Você as viverá.

Se é que já não o faz, é claro.

2 comentários:

  1. concerteza essa bateu e ficou aqui “Não somos nós quem vivemos a Vida. A Vida é que vive através de nós”.

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  2. Nossa! Arrepia né não?
    Ontem escrevi uma carta pro Lorenzo dizendo exatamente isso, que jamais conseguirei explicar a ele a profundidade do meu amor!

    "E não há nada pra comparar, para poder te explicar como é grande o meu amor por você."

    Nunca fez tanto sentido...

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